Observatório de Infravermelhos da NASA mede Expansão do Universo

A constante de Hubble deve o seu nome ao astrónomo Edwin P. Hubble, que surpreendeu o mundo, em 1920, confirmando que o nosso universo se expande desde que explodiu, há 13,7 mil milhões de anos. No final de 1990, os astrónomos descobriram que a expansão está a acelerar, aumentando de velocidade ao longo do tempo. A determinação da taxa de expansão é fundamental para a compreensão da idade e do tamanho do Universo.
Ao contrário do Telescópio Espacial Hubble
"O Spitzer está mais uma vez a fazer ciência para além daquilo para que foi projectado", disse o cientista do projecto Michael Werner, do Jet Propulsion Laboratory, da NASA, em Pasadena, Califórnia. Werner tem trabalhado na Missão Spitzer desde a fase de concepção inicial, há mais de 30 anos. "Primeiro, o Spitzer surpreendeu-nos com a sua capacidade pioneira de estudar atmosferas
Além disso, os resultados foram combinados com dados publicados provenientes da Wilkinson Microwave Anisotropy Probe, ou sonda WMAP, da NASA, de modo a obter uma medição independente da energia escura. Julga-se que a energia escura, um dos maiores mistérios do cosmos, vence a batalha contra a gravidade, expandindo o tecido do Universo.
"Este é um quebra-cabeças enorme", disse o principal autor do estudo, Wendy Freedman dos Observatórios da Carnegie Institution for Science, em Pasadena. "É emocionante que tenhamos sido capazes de usar o Spitzer para resolver os problemas fundamentais da cosmologia: a taxa exacta a que o Universo se está a expandir no momento actual, bem como a medição da quantidade de energia escura no Universo a partir de outro ângulo." Freedman liderou o estudo do Telescópio Espacial Hubble que anteriormente tinha medido a constante de Hubble.
Glenn Wahlgren, cientista do programa Spitzer na sede da NASA, em Washington, afirmou que a visão infravermelha, que observou através da poeira para proporcionar melhores imagens de uma classe deestrelas
As cefeidas são cruciais para os cálculos, pois, as distâncias a que se encontram da Terra podem ser facilmente medidas. Em 1908, Henrietta Leavitt descobriu que estas estrelas pulsam a uma taxa que se relaciona directamente com o seu brilho
Para que se perceba por que isto é importante, imagine-se alguém que se afasta de nós levando consigo uma vela. Quanto mais longe a vela for, mais fraca será a sua luz. O seu brilho aparente revelará a distância. O mesmo princípio se aplica às cefeidas, que são como velas padrão no nosso cosmos. Medindo o quão brilhantes elas surgem no céu, e comparando este brilho com o brilho conhecido que teriam se estivessem de perto, os astrónomos podem calcular a sua distância da Terra.
O Spitzer observou 10 cefeidas na nossa galáxia
"Há pouco mais de uma década, usar as palavras “precisão” e "cosmologia"na mesma frase não era possível, e o tamanho e idade do Universo não se conheciam com melhor exactidão que um factor de dois", disse Freedman. "Agora, estamos a falar de incertezas de apenas poucos por cento. É extraordinário."
Este estudo foi publicado na revista Astrophysical Journal.
Fonte da Notícia: http://www.nasa.gov/home/hqnews/2012/oct/HQ_12-343_Spitzer_Cepheid.html
Comentários
Postar um comentário